Pela 17ª rodada da Ligue 1, o AJ Auxerre e o LOSC empataram sem gols (0-0) em um jogo marcado pela solidez defensiva e intervenções decisivas, especialmente dos três brasileiros que protagonizaram momentos importantes na partida. Jubal, Alexsandro e Ismaily tiveram atuações contrastantes, mas significativas nesse duelo intenso no estádio Abbé-Deschamps.
Jubal: o pilar inabalável do Auxerre
Em uma partida em que o AJ Auxerre ficou com um jogador a menos logo no início do segundo tempo, após a expulsão de Paul Joly, o papel de Jubal tornou-se crucial. O capitão brasileiro foi imperial no eixo central da defesa, exibindo serenidade e rigor exemplares diante das investidas ofensivas do Lille.
Sua atuação foi marcada por um excelente senso de antecipação, principalmente no primeiro tempo, quando conseguiu neutralizar um ataque perigoso de Bouaddi com uma cobertura impecável. Embora tenha estado envolvido em um lance controverso, quando Haraldsson sofreu um pênalti que foi anulado pelo VAR devido a um contato considerado leve, Jubal manteve sua concentração. Contra Jonathan David, ele brilhou com posicionamento e dedicação física, vencendo diversos duelos importantes. Uma atuação que reforça seu papel de líder defensivo em uma equipe que luta para permanecer na primeira divisão.
Alexsandro: o rochedo do Lille
Pelo lado do LOSC, Alexsandro também teve uma atuação sólida. Em uma partida onde o Lille dominou a posse de bola, mas encontrou dificuldades para transformar as chances em gols, o zagueiro central brasileiro foi impecável. Apesar da relativa tranquilidade diante de um Auxerre recuado, ele se destacou no jogo aéreo e venceu praticamente todos os duelos que disputou.
Sua segurança também foi evidente nas saídas de bola, com passes precisos e bem calculados que ajudaram a manter a pressão dos Dogues sobre os adversários. Se o Lille não sofreu gols, isso se deve, em parte, à solidez de sua defesa, representada por Alexsandro, sempre confiável e eficiente.
Ismaily: um retorno ainda tímido
Para Ismaily, a noite foi mais instável. Escalado como lateral-esquerdo titular, o brasileiro demonstrou alguns sinais de fragilidade defensiva, deixando espaços para Perrin e Joly nas raras investidas do Auxerre. Ofensivamente, sua influência foi limitada, com subidas ao ataque que frequentemente careceram de precisão e intensidade.
Talvez ainda buscando ritmo após um período de baixa forma, Ismaily não conseguiu exercer o impacto esperado nas fases ofensivas do Lille. Substituído por Gudmundsson aos 68 minutos, ele precisará recuperar suas melhores condições para voltar a ser uma peça-chave na equipe comandada por Paulo Fonseca.
Um duelo marcado pela solidez
Embora o placar tenha terminado sem gols, a partida foi um ótimo termômetro para avaliar a capacidade dos jogadores brasileiros de se adaptarem às exigências táticas e físicas da Ligue 1. Jubal reafirmou seu papel como capitão exemplar do Auxerre, enquanto Alexsandro mostrou mais uma vez que é peça fundamental na defesa do Lille. Para Ismaily, a margem de evolução é clara, mas sua experiência pode ser um trunfo nos próximos meses.
Enquanto os fãs de futebol brasileiro acompanham de perto o desempenho de seus compatriotas na Europa, este jogo mostrou novamente que a Ligue 1 é um palco ideal para medir o impacto e a evolução dos jogadores. Se Jubal foi um herói silencioso para o Auxerre, Alexsandro e Ismaily ilustraram a diversidade de perfis e contribuições que os brasileiros podem oferecer em equipes ambiciosas como o LOSC.
Com este empate, o Lille estende sua série invicta histórica, enquanto o Auxerre continua demonstrando uma solidariedade notável, personificada em seus líderes como Jubal.